1ª ETAPA
Xumucuis #4 [Porantim]: Arte Contemporânea Digital Amazônica chega ao interior do Pará com intervenções multimídia nas cidades de Abaetetuba e Bragança. Contemplado pela Lei Paulo Gustavo – Cultura Digital, o projeto reúne artistas convidados e selecionados para explorar as interseções entre arte, tecnologia e os imaginários amazônicos. A iniciativa busca fortalecer o circuito artístico regional e democratizar o acesso à arte contemporânea em formatos inovadores e inclusivos.
Entre os artistas convidados, destacam-se nomes como Antônia Nayane, que mescla palavra, performance e fotografia, e Galvanda Galvão, reconhecida por suas colagens e projetos artivistas. As intervenções multimídia contam também com Henrique Montagne e suas criações recentes, além do músico e artista visual Leonardo Venturieri, a pesquisadora Melissa Barbery, e a artivista Moara Tupinambá, que traz ancestralidade e identidade tupinambá para suas obras, e o designer e escritor Matheus Aguiar, com ilustração e poesia.
Os selecionados reforçam a pluralidade do projeto, com talentos como Bárbara Savannah e sua releitura da cultura popular ribeirinha, e Carol Magno, que transita entre a performance , o teatro e o audiovisual. Giovanna dos Reis explora espiritualidade em suas obras, enquanto Mileide Barros ilustra a vida nas periferias amazônicas. Levi Gama e Victor Zagury trazem o ativismo e a ilustração, e Wira Tini une expressionismo urbano e o imaginário indígena. Juntos, os participantes oferecem um panorama vibrante e diverso da arte contemporânea digital amazônica.
ARTISTAS CONVIDADOS
Antônia Nayane
Pesquisadora, formada em ciências sociais pela Universidade Federal do Pará. Poeta e artista visual. Desenvolve sua poética através da palavra, da costura e da fotografia. Autora do livro de poemas “Abraço sua Crina”, publicado pela Impressões de Minas Editora. Participou de coletâneas literárias, dentre elas a “Trama das Águas”, organizado pela Monomito Editorial. Como artista visual participou de exposições como Festival de Fotografia de Tiradentes, Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. A artista-pesquisadora também integra e desenvolve projetos que abordam as territorialidades tradicionais e suas cosmovisões.
Galvanda Galvão
Videoartista, colagista, fotógrafa, professora e escritora. Graduada em Ciências Sociais (PUC-SP). Mestra em Teoria Literária (UNESP-SP) e Doutoranda em Artes (PPGArtes-UFPA). Participa dos projetos de artivismo Cidade em Frestas e Rádio Estamira. Realiza pelo seu coletivo Sibila Filmes diversos experimentos audiovisuais e artísticos. Publicou os livros UMLANCEDEDENTES (2017) e AMENINAANOLIMOC (2013).
Henrique Montagne
Bacharel em Artes Visuais pela UFPA. Sua linha de produção poética e artística investiga as relações afetivas na contemporaneidade. Desenvolve trabalhos de novas mídias, performance art, site specific, instalação, escultura e desenho. Realizou as exposições individuais Invertido (Casa das Artes, 2023) e Suaves Brutalidades (Casa das Onze Janelas, 2021). Participou de exposições no Brasil, Portugal, Estados Unidos e Grécia.
Leonardo Venturieri
Multi-instrumentista, artista visual, pesquisador e realizador audiovisual. Doutor e mestre em Artes pelo PPGArtes / ICA / UFPA. Compositor de diversas trilhas musicais para cinema e teatro. Premiado no III Salão Xumucuís de Arte Digital (2014) com a obra Mesmerismo. Realizou a exposição individual Lundum a Óleo (Elf Galeria, 2024), um estudo sobre composições musicais e pintura.
Matheus Aguiar
Designer, ilustrador, escritor e realizador audiovisual. Membro fundador do coletivo NoiteSuja, sendo produtor e diretor de todos seus projetos. Formado em Artes Visuais pela UNIASSELVI. Premiado no III Salão Xumucuís de Arte Digital (2014). Dirigiu a premiada vídeo-performance Igarapé das Almas (2023). Lançou em 2024 seu terceiro livro, Bola de Pelos.
Melissa Barbery
Graduada em Artes Visuais e Tecnologia da Imagem, UNAMA (2007). Professora e pesquisadora, Mestra e Doutora em Artes pelo PPGArtes / ICA / UFPA. Desenvolve projetos de fotografia, vídeo, instalações e objetos. Participou de diversas edições do Salão Arte Paŕá, sendo premiada em 2007, e a mais recente edição em 2024. Participou das exposições como Amazônia, A Arte (2010) e Amazônia, Ciclos de Modernidade (2012).
Moara Tupinambá
É artista visual e curadora ativista, membra da aldeia Tucumã Tupinambá do Tapajós. Utiliza desenho, pintura, colagens, instalações, escrita, vídeo-entrevistas, fotografias, literatura. Sua poética percorre cartografias da memória, identidade, ancestralidade e reafirmação tupinambá na Amazônia. Participou do Fruturos, com a exposição Maenry, Tupinambá eu existo!, 2024, e da Bienal das Amazonias, 2023. Ganhou o oitavo prêmio de artes do Instituto Tome Ohtake em 2022.
ARTISTAS SELECIONADOS
Barbara Savannah
Artista visual da Ilha do Marajó, Pará, desde 2018 explora e reinterpreta a cultura popular amazônica. Participou de exposições coletivas como Mãe do Corpo (2019) Atuou em projetos como Igarapé da Paz e Semana de Arte e Muralismo (2022) e Projeto Ling Apresenta, no Instituto Ling, Porto Alegre -RS (2024), Além de duas Exposições Individuais, Universo entre folhas(2021) e IMPERMANÊNCIA (2024) Atualmente, cursa Arte-Educação no CEFART – Fundação Clóvis Salgado – MG.
Carol Magno
Doutora e Mestre em Artes pelo PPGArtes / ICA / UFPA. Escritora, atriz, encenadora, diretora e roteirista, atuando nos campos da música, teatro e audiovisual. Publicou Feminino à queima-roupa (2016), fez parte do projeto Brava (2021), mapeamento escritoras do Norte e Nordeste (2020), e da Antologia Poesia do Brasil (2013). Como Performer e filmmaker participou das exposições O futuro é mulher (2020), Cartografias da fé e Nós de Aruanda, ambas em 2019.
Giovanna Reis
Artista visual, bacharel em Museologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Sua prática inclui pintura, cerâmica e videoarte. Realizou as exposições individuais Agouro (Casa Flow, 2023) e Etéreo Anil (Ateliê da 25, 2024). Reside em Belém do Pará, sua obra investiga a espiritualidade por meio de narrativas entre o figurativo e o abstrato, explorando processos pessoais e autoconhecimento.
Mileide Barros
Nascida em Belém do Pará, é formada em Filosofia pela Universidade Federal do Pará e mestranda no PPGArtes / ICA / UFPA. Sua primeira exposição individual foi no Mirante do rio UFPA, Y.O.U/ Tu és a cor que um dia te perguntei. Nos anos seguintes participou das exposições coletivas O tempo das Deusas (2019) Diário-tempo (2022) Estética Paraense (2023) a Levantes Amazônicos e CCBA (2024).
Levi Gama
Estudante de Artes Visuais na UFAM, atua como ilustrador, quadrinista, roteirista e muralista. Idealizador do Estúdio Buriti Artes e Quadrinhos, em Parintins, participou de exposições como Amazonas Plural, Mitos Indígenas da Amazônia e Boriwi, além do Salão de Arte Contemporânea da Academia Amazonense de Letras. Como muralista participa de trabalhos na Galeria Cidade Aberta.
Victor Zagury
Artista visual, produtor criativo, ativista, gestor cultural do projeto Coletivo Artivismo de Rua e futuro design gráfico em formação, natural de Manaus (AM). Utiliza as técnicas do lambe-lambe, colagem analógica, stopmotion vídeo, stencil grafitti, onde estuda novas técnicas e aperfeiçoamentos para facilitar em suas ações ativistas. Participou das exposições Expo Favela (2024), Nightwatch (2023) e Cromático (2021 – Colômbia).
Wira Tini
Natural do Amazonas, descendente das tradições ancestrais do povo Kokama. Grafiteira, muralista e pesquisadora que une técnicas de expressionismo à sua identidade ribeirinha e à vivência no contexto urbano do Norte. Seu trabalho destaca a tradição e a representatividade cultural. Idealizadora do Festival Graffiti Queens, voltado para mulheres, e da Revista Graffiti Queens.
